Acordo com pães dormidos
Tomo café com aquela negra companhia
Percorro o corredor empoeirado
E ouço o rastejo do desanimo
Seguindo meus passos trêmulos e homeopáticos.
Abro as portas do mundo
E sinto as trevas que lá fora dominam,
Desejo bom dia aos dementadores
Que com seu beijo devoram as ultimas lembranças
Que eu tenho de quando eu era criança,
De quando eu era inocente
Sem luxuria, sem avareza
Sem ira, sem vaidade
Sem fome extrema, sem inveja
E sem essa preguiça de viver
Sem essa preguiça que impossibilita
Qualquer poeta de escrever.
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