terça-feira, 5 de julho de 2011

Antes de dormir






 O que eu falo?

O que eu ouço?
Meu universo anda caído
Minhas atitudes me sufocam
Afogam-me nesse poço.
O que eu vejo?
O que eu toco?
Meus delírios bizarros
Contorcem-se na minha garganta
Recobre-me com um simples olhar
E com malicia de serpente
Aquece-me com sua manta.
Esconde a minha vergonha
Depois me engana
Calibra sua arma
E dispara uma bala
Na cabeça de quem sonha.
Sonha calado
Sonha escondido
Se esquivando dos fatos
Mas isso é pra quem sonha acordado
A dor de quem foi desmentido
E joga fora o que lhe foi dado.

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