domingo, 6 de novembro de 2011

À luz da lua

 (Pintura de Tarsíla do Amaral)


Na doçura da brisa,
No ofegar do vento frio da manha calma e nebulosa
De que teria mais saudade?
De nada disso lembraria se sua presença não me assombrasse.
Sem suprimentos e fadigado busco no orvalho forcas,
Busco aquela sensação de beijar os lábios teus.
Rolo na grama verde e úmida para talvez sentir
Seu abraço fresco depois de um banho em meio à madrugada.
Madrugada em que vivia os mais reais sonhos
E declamava sonetos a lua que iluminava por entres as brechas da palha nossa rede amarela,
E nas embaladas gostosas sussurrava canções que junto ao som dos grilos
Eternizaram-se nesse poema.

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